Blog do Polivalente.

Bem vindos ao Blog da Escola Estadual João Felipe da Rocha. Através dele nos propomos a manter contato com a Comunidade Escolar. Serão postados avisos, horários de provas, festas, fotos e muito mais.
Entre e divirta-se.

Polivalente/Nova Lima

sábado, 22 de maio de 2010

Greve dos Professores do Estado de Minas Gerais.

Prezados amigos,
Como todos sabem sou Professor e normalmente não sou de participar de correntes, porém advogo em causa própria e de todos os meus alunos e seus pais (mesmo que eles não entendem isso), isto é, advogo em causa da Educação de um país, mais especificamente de Minas Gerais, que não valoriza a Educação.
Gostaria de pedir-lhe que leia minha explanação sobre a composição salarial dos Professores Estaduais, e que se você não achar justo, por favor repasse esse email para os seus contatos, de forma a atingir um número maior de pessoas.
Essa é a forma que encontrei de manifestar meu descontentamento como o nosso Governo e burlar a mordaça da mídia instaurada em nosso Estado desde a posse do Governador Aécio.
Agradeço a todos
Sou Professor do Estado de Minas Gerais desde 1977. Formado em licenciatura Plena/Matemática.
Minha formação não permite esconder-me e deixar as informações divulgadas pela SEE –MG confundir e iludir a população em geral, aliás esse é um dos meus papéis como Educador: formar um cidadão crítico, analítico e que se posiciona diante das informações que a ele chegam.
Irei me ater aos itens constituintes do salário de um Professor do Estado. O governo noticiou que o piso salarial era R$ 850,00 e que após o aumento de 10% passou para R$ 935,00. E aí já começa a ilusão e manipulação da informação, isso porque os valores acima NÃO SÃO PISO, que é o salário básico de uma categoria, e SIM UM TETO. Para entender essa diferença, olhe cuidadosamente as tabelas abaixo:
TABELA 1 - VENCIMENTOS
SALÁRIO BASE: R$ 500,48
GRATIFIC. INCENTIVO A DOCÊNCIA: R$ 100,10
AUXÍLIO TRANSPORTE: R$ 36,80
TOTAL: R$ 637,38
Os valores da tabela são referentes aos ganhos de um Professor em início de carreira e não estão considerando os descontos. OBSERVE QUE O SALÁRIO BASE É R$ 500,48.
Agora entra a mágica: Como o governo diz que paga o piso e esse piso é de R$ 850,00, foi criada uma PARCELA COMPLEMENTAR DE REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO (PCRM), que é a DIFERENÇA ENTRE O QUE O PROFESSOR REALMENTE GANHA E O QUE O GOVERNO DIZ QUE PAGA e outros itens de perfumaria como a VANTAGEM TEMPORÁRIA INCORPORADA (VTI), que visam claramente enganar a população uma vez que a vantagem (só o governo vê como vantagem) é TEMPORÁRIA do atual governo, sendo que pode ser retirada a qualquer momento.
Assim a tabela 1 fica da seguinte maneira:
TABELA 2 - VENCIMENTOS
SALÁRIO BASE: R$ 500,48
GRATIFIC. INCENTIVO A DOCÊNCIA: R$ 100,10
AUXÍLIO TRANSPORTE: R$ 36,80
VTI: R$ 88,01
PCRM: R$ 124,61
TOTAL R$ 850,00
:
Na tabela 2 há um complemento de R$ 212,62 (PCRM + VTI). Lembrando que as duas tabelas representam os rendimentos de um professor em início de carreira. Agora já a tabela 3, abaixo representa os vencimentos de um professor com dois anos de trabalho e com especialização:
TABELA 3 - VENCIMENTOS
SALARIO BASE: R$ 500,48
GRATIFIC. INCENTIVO A DOCÊNCIA: R$ 100,10
AUXÍLIO TRANSPORTE: R$ 36,80
GRATIFIC. INCENTIVO A DOC. BIÊNIO: R$ 25,02
GRATIFICAÇÃO POR CURSO: R$ 50,04
VTI: R$ 88,01
PCRM: R$ 49,55
TOTAL: R$ 850,00
Esse profissional recebe R$ 75,06 a mais que o profissional das tabelas 1 e 2, devido à sua formação e tempo de trabalho. Mas a PCRM dele é menor nos mesmos R$ 76,06, isto é, PARA O GOVERNO NÃO FAZ DIFERENÇA NENHUMA SE O PROFISSIONAL É ESPECIALIZADO OU NÃO, SE TRABALHA HÁ UM DIA OU HÁ DEZ ANOS: O SALÁRIO É O MESMO.
Assim o governo, como citei no início, paga um teto e não um piso como veiculando. Como o teto sofreu aumento de 10% significa que PCRM aumentará no máximo em R$ 224,61, dependo da formação e tempo do serviço.
Observem que não estou reclamando, ainda, do auxilio transporte....
Abaixo, para encerrar minha explanação, veja a tabela 4 de como ficaria os vencimentos de um Professor em início de carreira SE O GOVERNO PAGASSE O PISO COMO ELE DIVULGA:
TABELA 4 - VENCIMENTOS
SALARIO BASE: R$ 950,00
GRATIFIC. INCENTIVO A DOCÊNCIA: R$ 190,00
AUXÍLIO TRANSPORTE: R$ 36,80
TOTAL: R$ 1.176,80
Note que da tabela 1 para tabela 4 o salário quase dobra.
Assim, o Governo realmente se preocupa com a Educação? Deixo essa pergunta a quem está criticando os Profissionais da Educação por fazer greve e lutar, não só por um salário digno, mas por condições dignas de trabalho, melhorando assim a educação dos nossos filhos.
Antônio Martins Rocha
Professor de Matemática
Vice-Diretor EE João Felipe da Rocha
Rede Estadual de Ensino.
Nova Lima/Minas Gerais

terça-feira, 18 de maio de 2010

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Tabuada do 9.

Filosofando...

Greve dos Professores/MG.

Prezados (as) Senhores (as),

Em resposta aos e-mails a mim encaminhados, referentes ao Projeto de
reajuste salarial dos professores e auxiliares de serviços da educação,
venho esclarecer que as notícias que estão sendo veiculadas a respeito do
posicionamento deste Deputado com relação ao aumento dos professores não
são verdadeiras.

A Proposição encaminhada pelo Governador a esta Assembleia, prevendo o
reajuste e benefício para os professores e auxiliares da educação, foi
aprovada por nós Deputados. Mas, as emendas apresentadas por Deputados
oposicionistas, consideradas inconstitucionais, irresponsáveis,
demagógicas e eleitoreiras, foram rejeitadas, pois constitucionalmente,
não cabe ao Legislativo propor reajustes salariais, devendo esta ser uma
iniciativa do Executivo. E, além disso, não pretendemos enganar os
professores com este tipo de atitude eleitoreira.

Assim sendo, quando são apresentados os nomes e retratos dos Deputados que
não votaram favoravelmente a uma emenda inconstitucional, como se se
tratasse de inimigos dos professores, o que está ocorrendo é uma
manipulação dos fatos. Inimigos da categoria são aqueles que enganam, que
usam o desconhecimento dos fatos para iludir.

Por fim, informamos que a Assembleia Legislativa e nós, Deputados,
estaremos sempre à disposição para buscar soluções que atendam aos justos
interesses da categoria.

Neste sentido, a Assembleia Legislativa vem intermediando negociações com
o Governo do Estado e representantes da categoria, objetivando um amplo
entendimento entre as partes.

Na manhã de ontem, nesta Assembleia, foi realizada a 1ª reunião para
tratar do assunto, sendo a mesma conduzida pelo nosso Presidente, Deputado
Alberto Pinto Coelho.

Atenciosamente,

Deputado Estadual Fábio Avelar.

Greve dos Professores/MG.

Prezados Senhores:

Na reunião ocorrida na Assembleia ontem, 13/05, compareceram a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena; o subsecretário de Estado de Gestão, Frederico Melo; a coordenadora-geral do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, e as diretoras regionais do sindicato, Marilda de Abreu Araújo e Feliciana Saldanha.

A proposta do Executivo foi a de não promover demissões de grevistas e de emitir uma folha de pagamento suplementar, caso não seja possível cancelar o corte nos salários dos profissionais devido à greve. Por outro lado, espera-se o encerramento da greve e fixação de um calendário de reposição das aulas. Renata Vilhena também propôs que seja criado um grupo de trabalho para estudar a revisão na carreira dos profissionais da educação, incorporando as gratificações existentes ao vencimento básico.
Com relação ao corte do ponto, o site da Secretaria informa, contradizendo o que foi acordado, que o corte já foi efetuado e “na medida em que houver a reposição dos dias de aula paralisados”, o Governo de Minas poderá repor financeiramente os dias cortados.
http://www.mg.gov.br/governomg/ecp/comunidade.do?app=governomg&taxn=5794&taxApp=/estrutura-governamental/secretarias-de-estado&idEmp=1261
Alertamos a categoria e o Sindicato para que estejam atentos ao estrito cumprimento dos termos do acordo de encerramento da greve, para que não sejam unilateralmente criadas novas condições que não foram acordadas quando da negociação.

A Bancada do PT tem se mostrado sensível e solidária às lutas salariais dos servidores do Estado de Minas Gerais, em especial dos servidores da Educação. Durante a tramitação do projeto de lei que aprovou os reajustes, o Bloco
PT/PCdoB/PMDB apresentou várias
emendas, ampliando e retroagindo o reajuste, sendo todas rejeitadas pelos Deputados de apoio ao Governo.

Relembramos, ainda, aos servidores da Educação que os deputados do Bloco PT/PMDB/PCdoB já se reuniram com o Governador Antônio Anastasia no dia 5/5, tentando uma solução para a greve, e solicitando que o Estado atenda à reivindicação dos professores.

A oposição está ativamente solidária às reivindicações dos professores, lembrando que o governo prioriza gastos, como a construção da Cidade Administrativa, onde foram gastos mais de 1,5 bilhão de reais, em detrimento da melhoria da qualidade do ensino público em Minas e da valorização dos servidores.

Lília
Assessora do Dep.André Quintão
PT/MG

NOTÍCIAS da greve, a hora da verdade!

Seguem notícias e informes que recebi de companheiros e que também indico. Em anexo a entrevista completa da filha da mãe representante do governo, que mais parece a noiva cadaver, que foi concedida na ALMG, no último encontro com sindute.
Envio também comentários retirados do blog do professor Euler, um blog muito interessante que vale a pena acompanharem (só digitar no google blog do professor euler). Ele comenta as últimas noticias relacionadas a greve, e principalmente a pressão e manobra que o governo elaborou para massacrar o movimento. Comparem também tudo que envio com o que está postado no site da SEE. TIREM AS PROPRIAS CONCLUSÕES, POIS PARA MIM A SAÍDA É A RADICALIZAÇÃO DO MOVIMENTO, sei que muitos sentirão o golpe desse governo sacana, mas eu estou no limite da indignação e estou disposto a ir até as últimas consequencias.
Torço para que a disposição da categoria siga firme como eu seguirei, mas temo pelo desfecho trágico caso voltemos por pressão do governo sem benefícios materiais.
Comentários do professor euler retirado de seu blog:
"Quem visitar o site do SEE verá que o governo está jogando pesado no retorno dos educadores em greve.

De um lado, acena com "concessões", do tipo: não haverá demissão e o corte será pago na medida em que houver reposição - aliás, este item difere da circular do sindicato, que diz que conseguiu reverter o corte de ponto. Eu acredito mais na Beatriz do que no governo, mas este pode muito bem prometer uma coisa e fazer outra. Há precedentes sobre isso.

No aspecto salarial, diz o governo que pode fazer uma "revisão de carreira". O que seria isso? Por que o governo não detalhou esta revisão para toda a categoria? De acordo com o governo isso implicaria em algum aumento no piso básico, mas, a julgar pela fala da secretária Renata Vilhena, não atenderia o nosso pleito do piso de R$ 1.312,00. Eles já pagam até mais do que piso, lembram? (risos)

Mas, ao lado disso que para o governo seria um pacote de bondade - imaginem então o que seria um pacote de maldade? - bem ao lado desse texto da "bondade" (com todas as aspas cabíveis) o governo, ou a SEE, que é a mesma coisa, publicou um comunicado aos superintendentes regionais de ensino orientando-os a considerar as faltas dos grevistas, a partir do dia 12, apenas como FALTA, e não mais como FALTA GREVE como vinha acontecendo até então.

Portanto, desde o dia 12 todos nós estamos recebendo FALTA, uma vez que de acordo com a SEE e com a Justiça (que justiça! Ainda hei de saber qual é o real peso metálico - se é que me entendem - desta sentença!) a nossa greve é ilegal.

Além disso, a mídia com seus comentaristas do governo têm criado um clima de que o governo atendeu aos educadores e que agora é só voltar ao trabalho e tudo bem.

Soma-se a isso a "pressão" arranjada de alguns pais de alunos nos jornais a serviço do governo e da tal Federação sem pais de alunos".

Greve da educação pode ter fim.

Depois de 35 dias de braços cruzados, alunos em casa e pais preocupados com o ritmo dos estudos dos filhos, os professores da rede estadual de Minas devem retomar as atividades sem que a principal reivindicação, o aumento de salários, tenha sido atendida. A decisão oficial depende de uma assembleia marcada para a próxima terça-feira, mas ontem, após uma reunião com a secretária estadual de planejamento e gestão, Renata Vilhena, a coordenadora do sindicato que representa a categoria admitiu, pela primeira vez desde o início do movimento, a possibilidade de interromper a greve. "Conseguimos avançar. Essa reunião foi importante porque conseguimos voltar às negociações", disse Beatriz Cerqueira, do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG).
Segundo a sindicalista, a decisão está nas mãos dos professores. Ela considerou como positiva a promessa da secretária de não cortar os dias parados e manter os grevistas nos cargos. "Vou repassar o que foi conversado hoje (ontem) aos professores na próxima assembleia. Eles é que vão decidir".
Os professores em Minas estão em greve desde o dia 8 de abril. Uma decisão da Justiça, no último dia 4, considerou a greve ilegal.
A reunião de ontem não mudou muito o que já vinha sendo negociado entre professores e governo em relação a outros pontos da pauta de reivindicações. A maior parte das exigências havia sido acordada num encontro seis dias após o início da greve. Desde então, o impasse do movimento passou a ser o reajuste dos salários.
Mobilização na frente da ALMG
Os representantes dos professores deixaram o encontro de ontem com a promessa da secretária de Planejamento de que será feito um estudo sobre as formas de incorporação das gratificações ao vencimento básico da categoria. Os professores querem elevação do piso salarial - de R$ 850 para R$ 1.312. O governo alega que por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRP) e a lei eleitoral, está impedido de aumentar os salários e oferece piso de R$ 935.
"Nós queremos que os professores voltem às salas de aula para que diminua todo o prejuízo que já foi causado durante este mês de paralisação", disse a secretária Renata Vilhena.
Secretária diz que não terá demissões
A coordenadora do Sind-UTE disse ontem que a entidade recebeu informações de que estariam ocorrendo demissões em escolas da capital e no interior. Beatriz Cerqueira afirmou, no entanto, que o sindicato não fez o levantamento de onde ocorreram as dispensas.
A secretária de Planejamento, Renata Vilhena, no entanto, informou não ter conhecimento de demissões provocadas pela greve. Ela garantiu que qualquer decisão nesse sentido será revertida, a partir do acordo firmado ontem com a categoria.
A sindicalista afirmou que, apesar de a greve ter sido considerada ilegal pela Justiça, os professores mostraram que estão mobilizados.